terça-feira, 13 de outubro de 2009

“Renúncia”



Mais uma cruz ao lado do caminho.
De mais uma ilusão que sepultei.
Adeus fonte de sonhos, adeus ninho
De esperança, que outrora acalentei...


Adeus! Agora hei de seguir sozinho,
Como seguia quando te encontrei!...
Não tentarei achar outro carinho,
Outro afeto, outro amor, não tentarei.


Basta de fantasia e de quimera,
Já se me foi o sol da primavera
E o de outono alonga a sombra do meu vulto


Basta de tanto sonho e desencanto!
Que a vida me tem sido um campo santo,
De ilusões que acalento e que SEPULTO....



Autor: José Xavier Arruda

Segue o que prometi abaixo!!!!





“Divagando”
Engraçado!...
Estou debruçado à janela.
Ouço ao longe uma sinfonia,
Própria do silencio frio
E me ponho a sonhar com ela...



Como é bom!...
É saber que nem todos têm este privilégio.
Que só quem ama, sente, embora, pode pensar
– sem ver nisso sacrilégio –
Que é Deus também e apregoa ao mundo
[em fora.


Foi ontem!...
Tudo era calma... Era sonho... E só a brisa,
Fazia fundo aos acordes fantasia,
Daquela música
Que a chorar me despedia...




O sono veio!...
Já pensava terminada a melodia,
Quando dormindo, a sonhar ainda
[ouvia,




Dos vários tons, que um apenas me dizia:
Que era música e que jamais Fora
[Magia...




Autor: José Xavier Arruda

Olá, amigos!





Olha que coisa interessante..., passei e estou passando um tempo hibernada, reavendo alguns conceitos de vida entre outras coisas que amo fazer, que é ler livros terminar o meu próprio, e ficar em minha própria companhia, tento às vezes me lembrar de detalhes de minha infância, mas nada me vinha que eu já não soubesse. Enfim, para ajudar resolvi pegar umas fotos bem antigas e uns “bagulhetes” que fuxiquei daqui e Dalí que adoro fazer (RS) e, acabei me deparando com uma raridade, bom pelo menos para mim. Uma caixa com um livro timbrado, capa marrom, em baixo relevo, com letras douradas e papel bem envelhecido, do meu falecido avô – José Xavier Arruda – dedicado a minha mãe e minha avó, que contém: Poemas, versos, trovas, quadras, sextilhas, sonetos e acrósticos.

Em seguida, me deparo com a continuação após a morte do meu avô, com acrósticos de minha mãe para seus filhos (eu e meus irmãos) fui devorando cada linha, e aquilo teve um significado surpreendente para mim. A cada linha lida de cada verso contido naquele livro eu entendia um pouco mais do coração de cada um. Escrever, compor é um pouco disso... é inspiração em momentos de desilusão, de alegria e principalmente sede de compartilhar com as pessoas mais chegadas, deixar seu nome marcado nem que seja em seu coração. Resolvi então compartilhar com vocês meus amigos e seguidores.

Beijos no coração!