terça-feira, 11 de maio de 2010

Prometi que iria postar aqui minha experiência com a Sindrome de Pânico ou (TP) Transtorno de Pânico



O nome mesmo já diz: transtorno de pânico.

Para quem sofre desse mal é um problema realmente muito grave. Em vários sentidos. Conversando com algumas pessoas os relatos são inúmeros e inúmeras pessoas sofrem demais, ou seja na relação, no trabalho, com amigos, na sociedade em geral e atécom os famíliares e cônjuges. E o quanto podemos nos ajudar. Lembrando que para os homens, às vezes é muito mais fácil se manter na relação quando ele é o acometido do que a mulher, pois a mulher em via de regras, é mais compreensiva, o homem já não é tanto e não consegue entender... Mas aqui vai um pouquinho de como era a minha vida antes e depois com o pânico, e como superei.
As pessoas evitam falar por vergonha, ou por não querer pensar na crise mas na maioria das vezes não tem como não pensar. isso quando apenas se pensa nela, o que é pior ainda.
Não sei exatamente por onde começar, mas, sei que eu posso dar uma pitada de humor (um pouco negro) coisa bem de Brasileiro mesmo, que adora fazer brincadeiras com as próprias desventuras.
Vamos lá..., eu tive a minha primeira crise com 15 anos, meu irmão tinha uma banda que tocava em vários lugares, entre os repertórios e encontros que fazíamos em nossa casa no Cafubá (região oceânica) morávamos na rua de trás do bar conhecido como bar do seu Antônio(rei do bacalhau). Sempre saía com minha turma, para irmos a diversos shows entre eles Claudio Zoli, Renatinho Rocket e Ricardinho e todos nós tinhamos uma banda diferente, e quando juntava todo mundo era uma festa só.

Eu sempre fui muito extrovertida e sempre fazia a festa acontecer. As pessoas me conheciam pelo jeito exótico e autentico de ser, cada hora com uma cor de cabelo diferente, meio “Dar’c”, e sempre com muitas novidades e casa muito cheia, e minha mãe curtia muito. Enfim... Eu tinha um namorado na época que era muito ciumento, e que me desestruturava a cabeça, eu era jovem ele era bem mais velho do que eu, eu não queria traí-lo apenas queria sair, eu tinha uma vida realmente ativa, a música que Sandra de Sá gravou (de Renatinho) foi feita lá em casa numa brincadeira, e isso era o fim para meu namorado, e além de termos muito amigos em comum, ele queria que fosse apenas com ele para os lugares, nunca!!! Jamais!!! Como eu tinha muitos amigos, e eles iam lá me buscar para sair, eu ia e pronto, e ninguém me segurava, e ele ficava possesso, ele nunca foi agressivo mas demonstrava sua insatisfação, não me recordo mas era engraçado, ele era meu vizinho morávamos na mesma rua, sendo ele de um lado eu do outro a minha casa era a segunda da rua, e a dele era na frente umas 5 casas por aí..., olha o problema, e vivia me vigiando, e eu claro, vivia saindo, ridiculamente ele comprou um Binóculo. A questão era simples, ele sempre saiu, mas aí quando me conheceu começou a qurer ficar em casa, e eu detestava isso. Mas ele sempre me perguntava e eu respondia: “Vc saiu?” sim eu saí. Um pouco rindo, eu o respondia. E falava: “Amor para com isso... sabe que eu te amo, e blá blá... essas coisas, vamos brincar ao invés de brigar,. E então ele ficava calmo e brincávamos,e depois eu saia... rs
As vezes ele ficava tocando gaita, e no estúdio que tínhamos no quarto dos meus irmãos passávamos um som de brincadeira, e nossa música como trilha sonora passou a ser. “Meu bem você me dá água na boca” entre os blues de saloon & Cia, a música era mais ou menos assim: “Para você poder cantar um blues, tem que pedir licença ao coração, tem que ter a alma negra e os pés no Brooklyn e muita, muita emoção/ com a garrafa de um bom gim sempre ao meu lado, e o meu cigarro tanto faz, não ri pro meu jeito, é...é, que eu sempre fui assim, e quando no sol começar a chover, não conte com minhas lágrimas eu canto um blues... “E sol volta pra mim.” ele achava que era deboche, mas quando falo a verdade em geral não fico séria, apenas acho engraçado. (risos) e minha mãe tava proibindo o namoro, ele fazia parte de outra banda e as vezes tocava na banda do meu irmão. Muita gente, muita noitada, muita bebida, apenas não me drogava, mas já experimentei maconha. (única droga) minha vida era relativamente saudável, eu jogava tênis, padllo, nadava, ia para a praia todos os dias e estudava no acadêmico no trevo de Itaipu, meu irmão mais novo estudava num colégio que tinha acabado de inaugurar chamado Dom Elder. Não tinha um dia em que eu não fizesse algo, minha vida era agitada demais para uma menina com apenas 15 anos, mas com 3 meninos dentro de casa, em plena praia, nem queria. Antes eu morava no condomínio na Lopes da Cunha... E muitos amigos da Lopes da cunha iam nos visitar. Dormiam lá em casa quando iam para a praia, minhas amigas meu amigos que tenho relações até hoje, graças a deus muitos se casaram, mas mantemos durante um bom tempo a chama acesa da amizade. Até que veio a bomba, minha mãe decidiu ir para o sul. Como assim? Não entendia o que ela queria... estávamos todos namorando, e meu padrasto trabalhava na rede globo, tínhamos uma vida boa cheia de esperanças e alegrias, e já pensávamos o que iríamos fazer. Meus irmãos decidiram ficar, e eu não tinha saída era obrigada a ir embora. Todo mundo ficou muito triste no fundo isso criou um desajuste muito forte em todos nós. Era a separação da família de alguma forma. Numa noite, saiu eu e minhas cunhadas, eu nem tinha bebido muito, acho que muito pouco até por sinal, mas estava sem comer... já estava meio apreensiva e s pessoas me perguntavam, “Dany, o que vc tem? Eu dizia, não sei... um pouco tensa. Até que sofri uma forte emoção em rever meu ex namorado. Ele estava com outra pessoa e aquilo me deu uma sensação estranha, tudo bem eu Tb estava, eu gostava dele, e ele de mim, mas eu tinha resolvido ficar com outra pessoa. E ele apareceu lá com a nova namorada; eu estava de frente minha mesa estava cheia para variar não tinha quem não me conhecesse, pois eu era fama, ali, até mesmo pelas piadas e bom humor meu jeito sempre de chegar chegando. (risos) acho que não mudei nisso. Mas, me deu vontade de rir, eu fico nervosa começo a rir, isso às vezes não é muito bom, a maioria dos nossos amigos em comum estavam comigo na minha mesa, ele não tinha como não ir até a mesa. Estávamos rindo de um amigo nosso, tem sempre aquele que foi feito para ser zuado né. E para piorar ele ainda se zuava mais. (RS) eu estava de frente para a praia de Piratininga, onde tinha o palco, e aconteciam os primeiros shows. Lotado de fãs da banda, e amigos que sempre dão uma força. Ele meu ex foi até a mesa. Deu boa noite, e olhando para um primo meu que ele não conhecia, ele deu um tudo bem, é o namorado da Dany, pronto, tremi... sabia que a galera ia zoar... mas não podia perder a piada, com um sonoro sim, disse Lógico. Já até se enturmou... uns cuspiram o que estavam bebendo, outros caíram na gargalhada e geral começou a zoar, e geral começou a zoar meu primo, e ele que não deixou por menos, disse, me dá um beijinho amor. Pqp, eu queria morrer, que infelicidade a minha ter falado aquilo, mas que infelicidade a dele ter perguntado. Como povo gostava dele, mas gostava mais da gente separado. Faziam de tudo para atrapalhar, uns faziam de tudo para ajudar. Mas o problema era eu e ele mesmo. Mas a gente se gostava e ele sabia que era zoação, e entrou na pilha brincando. Só que um detalhe nisso tudo ele sentou-se na mesa e esqueceu a namorada. E perguntaram você não trazê-la, ele disse ah, sim... eu ñ vou ficar aqui muito tempo, só vim ver a banda. Me chamaram para cantar e a ele para tocar gaita adivinha qual música? Hahahahahahah pois é. “Agua na boca” Rita Lee. Também pudera só um retardado mental para levar a pessoa nova com velhas amizades. Não rola!!! Ruim para ambos. Eu fui cantar a pedido. (RS) tudo era festa, naquela época era um karaokê com banda mesmo, ao vivo. Pois é... conclusão??? Eu fui ele ficou. Mas tirou a gaita do bolso e de onde estava começou a tocar, no refrão a galera ao invés de cantar, “Meu bem você me dá água na boca, substituíram por, meu bem você me dá, ou eu pego a força” ai ai ai. Aí acabou a música, altas horas da madrugada... desci do palco e a menina estava com uma cara que nossa senhora só papai do céu para salvar. E ficou em pé, com a mão na cintura e me chamou para a porrada. Eu olhei para trás, e perguntei, é comigo filha? Ela disse com quem mais? Não sei... qual é o problema? ele que já me conhecia uma pouquinho começou a puxar ela para sentar, e começaram a discutir, eu então fui pegar mais uma cerveja. Senti uma pontada na cabeça forte, muito forte mesmo, embaixo perto da nuca, acho que uma forte tensão, porque não tinha consumado o ato. (RS) eu fui até o banheiro, e distraída sinto um braço me puxando para o canto do quiosque quando percebi já estava beijando, era ele... eu disse, ops, ta louco... to afim de me stressar mais não... Ele disse, eu comecei a tremer com a sensação de estarmos juntos de novo. E ele Tb, era frenética a coisa, e a gente não parava mais, de se beijar, e ele estava com ciúmes e tal, essas coisas básicas... eu queria sair dali, mas o desejo era maior e ele pediu para a gente voltar, eu disse que não dava, ia embora pro sul, como ía ficar a gente? Ele não se conformava, e ficou revoltado e saiu de lá... nisso ele saiu e eu passei por ele, ele puxou pelo meu braço na frente de todo mundo, eu disse, cara está maluco, ele disse: sim estou, por que isso, eu disse isso o que, vamos parar, vai dar merda, e a menina chegou na direção dele, e começou a brigar perguntando o que estava acontecendo, ele disse o que você sabia que iria acontecer... eu disse, olha não me metam não, ela começou a me ofender, e eu ouvindo, não me segurei e sentei-lhe a mão na fuça bem dado e disse que galo não cisca, pra sair fora, e ele a defendeu dizendo pra que isso Dany, eu não me contive, dei na cara dele também e disse para ele que se ele fosse homem não me fizesse perguntas idiotas. Pronto formou, a amiga dela veio se meter, meus amigos idem, e começou a estancar a porradaria, eu gritando ta vendo aí sua P*** tu conseguiu estragar o que tava legal com esse babaca... por isso que eu não fico com ele... e blá blá... a banda parou meu amigo gritou, ihhhh porrada, porrada, aí meu irmão de lá disse é a Dany, é a Dany... ferrouuuuuuuuuu, meu irmão largou a guitarra, microfonia no ar, e cadeira voando. Gente, horrível. Eu chorava de raiva, eu pulava por cima dela, ela em cima de mim geral bêbado, não entendia como aquilo tava acontecendo, eu lembro que eu estava com muita raiva e não desgrudava da mulher de jeito nenhum, e ele saiu todo arranhado, todo rasgado, ela idem, meu irmão tentava me acalmar, e dizia bebe um pouco mais, eu bebia e voltava a falar, descontroladamente. Aí meu amigo me colocou dentro do carro, e eu batia nele já sem forças, toda ralada, e ele calma Dany que isso. – que isso? Eu gritava isso é raiva. Aí cheguei em casa chorando, e minha mãe acordou e disse, bebeu de novo? Eu disse o que a senhora acha, ela meu Deus quero ver quando você vai parar de beber desse jeito. Eu disse, pô, eu bebo, estudo pratico esporte e não me drogo, então não me enche mãe, minha mãe disse, ta ficando maluca? Eu pedi desculpas e fui pro meu carro, e deitei com a minha avó e contei tudo para ela, que era a única que dava força para meus relacionamentos, e valor ao que eu sentia. Nisso, começou a me dar uma tremedeira, e uma sensação de morte, gritei vóooooooooooo, socorro.................. estou morrendo... ela que isso... calma!!!! SAÍ CORRENDO PELA CASA, E GRITANDO, MÃE ME AJUDA SOCORRO, SOCORRO, EU VOU MORRER, ESTOU MORRENDO... OLHA ESTOU GELADA, MEU CORAÇÃO PALPITAVA O QUE ERA AQUILO QUE PAVOR ERA AQUELE, MEU DEUS, O QUE ESTAVA ACONTECENDO COMIGO, SERIA A BEBIDA???? SERIA O CIGARRO??? O QUE SERIA???? Meu padrasto levantou-se e disse: Deve ter usado alguma droga, eu disse, gritando, eu não uso drogas, uma falta de ar, parecia que eu ia desmaiar... a sensação ia e vinha. Então fui para meu quarto com os queixos tremendo comecei a falar vó me ajuda, o que é isso, me ajuda aquilo ia e vinha, minha avó disse, minha filha reza, uma ave Maria e um pai nosso – eu dizia eu não, não quero morrer agora, ela disse vc não vai morrer, estava com alguma. Eu senti a sensação da morte iminente, que coisa horrível, tudo no meu corpo na minha entranha, suor, falta de ar, calafrios, dormência, os pensamentos não conseguem assimilar nada de bom... e eu só queria que a hora passasse para eu ver o dia nascer, não queria a noite ver. Fecha os olhos, e nos momentos em que apenas o pensamento vinha eu pensava apenas no que estava acontecendo, pensei em todas as doenças, e ninguém me levou a nenhum médico, minhas visões eram turvas e esquisitas era como se as coisas estivessem sendo distorcidas. E estavam, em nada eu me concentrava mais, agora eu vivia com medo de mim mesmo, do que vinha de mim, até que eu comecei a ter a sensação de sair do meu corpo, como se eu não existisse, como se nada estivesse aqui, e eu não fizesse parte de nada. A pior sensação foi essa, meu rosto ficava vermelho e a sensação era a mesma – eu estou louca- era medo de ficar maluca doida, e eu falava eu estou ficando.
O tempo passou e eu já sabia que horas eu ia ter aquilo, onde eu poderia ir e onde não poderia. Até que passou um tempo e fomos para o sul, estava muito mal. Mas quando eu passei mal na casa do meu pai uma vez, a ex mulher dele, disse: calma o que você tem é fobia. E disse para meu pai que me levasse ao hospital e fomos, o cara foi grosso comigo e disse, o que ela tem é depressão mande ela procurar um terapeuta um psiquiatra, ferrou. Na minha cabeça psiquiatra, pronto estava diagnosticado eu era louca. Comecei a chorar, viu eu sou doida, doida, porque eu sou doida e você não é pai? Porque só eu? Risos – meu pai disse, o doido não tem consciência que está doido, eu disse como é que você pode saber o que você não sente? Ele disse, eu já fui parar no hospital achando que estava enfartando quando na verdade era apenas “gases” ele me fez rir por alguns instantes, mas a ex do meu pai não morava com ele. E eu estava cada vez mais magra; eu não conseguia comer direito. Ah, tinha parado de beber e fumar, aliás no dia seguinte. Minha mãe nunca tinha visto ou ouvido falar nisso na vida dela, pois lá em casa todo mundo era alto astral, e tudo para ela era bobagem, essas coisas, mas quando ela viu que no dia seguinte eu parei de beber e fumar, ela realmente disse: oh, oh... é acho que ela tem alguma coisa. Mas ela achava que era um medo bobo, uma insegurança, algo assim. E toda vez que um amigo ia lá em casa me chamar para sair eu jogava no cara ou coroa, (RS) inventava desculpa para tudo, por vergonha de dizer que estava com medo de mim, mas como explicar, ninguém tinha aquilo, iam achar que era por causa da briga, ou sei lá por que, eu estava muito diferente, estava triste, não era a mesma Dany. Era uma fase, mas eu não sabia disso. Um dia um amigo disse, Dany hoje vai ter uma festa lá no Contry Club, vamos? Eu disse, poxa migo estou naqueles dias... ele Dany, você foi ao médico? Meu coração disparou, eu rapidamente perguntei, não porque? Estou doente? Estou com cara de doente, será que eu vou morrer, e ele sem entender nada começou a rir, e eu ria mais gelada estava gelada fiquei, e perguntei fala amigo, o que eu tenhoooo, ele só perguntei porque você está nesses DIAS A JÁ TEM 3 MESES. (eu na hora não me liguei) mas continuei perguntando e disse, anda fala logo, você ta vendo alguma coisa que não quer me dizer não é? Essas coisas, então eu tinha medo de tudo que vinha de mim, ñ de fora, e comecei a aprender e sentir cada coisa em mim, me tornei altamente sensível a tudo desde pluma mais sensível até o coisa mais estranha que poderia ocorrer em meu organismo, o meu ouvido estava sensível a tudo, até a minha percepção, eu estava diferente, e acontecimentos esquisitos e inexplicáveis aconteciam comigo, e eu queria entender cada coisa. Não tínhamos acesso a internet naquela época como hoje, nessa proporção, até que no sul uma cidade pequena e aconchegante eu fui aos poucos tentando me acostumar com novas pessoas, com uma nova vida, mas eu agora só queria terminar meus estudos, e estudar, aquilo me fazia bem, distraia minha cabeça. Conheci uma pessoa, e após algum tempo, eu já estava com ele. E me mudei para Curitiba, e tive meus filhos, (bom muita coisa aconteceu, mas a história é muito grande) eu tive então um mal estar e fui parar no hospital, sobrecarregada de pressão pelo trabalho, estudo e filho.... e o médico diagnosticou que eu tinha síndrome de pânico e me deu na época somálium (acho que é esse o nome) caracoles, eu não acreditava naquilo, tinha me acalmado, eu conseguia ser mais relaxada, e tudo parecia maravilhoso, como poderia um simples remedinho acabar com a minha angustia de todos os dias... pronto. Pedi o nome do que eu tinha, claro que antes perguntei tuuuuuuuuuuuuuuuuuuudinho, sobre isso... para ele... ele muito paciente comigo, me explicara cada coisa que eu sentia durante esse tempo todo, ou seja, ele disse coisas que eu não disse a ninguém... como podia, eu perguntei eu sou a única, ele não... todo mundo já teve algum tipo de fobia... e depressão nos tempos atuais principalmente. Muitos tomam lexontan para dormir por causa de algum tipo de transtorno ou distúrbio, nada que não resolva com o tempo. Terapia, evitar stress evitar isso, fazer aquilo, e enfim... não guarde nada em seu peito, fale o que tiver que falar, ou se algo não a fizer bem, seja sempre honesta com você mesmo, ainda que isso te valha a morte. Ops, morte não!!! Rsrsrsrsr então lembrei que a minha sogra tinha síndrome de pânico, e tomava Rivotril. E nisso eu já tinha passado vários episódios, uma vez muito engraçado quando eu lembro disso, minha avó vivia dizendo que quem canta seus males espanta... então eu estava no ônibus e estava vindo do trabalho, e tive uma ansiedade, eu pensei ai meu deusss, começou ainda vou levar 32 minutos para chegar em casa, e esse cara ta conversando o que, eu estou tendo um treco, o que eu faço, e incomodada de um lado pro outro, dei um grito. Com a música “Subo nesse palco minha alma cheira a talco feito bum de bebê...” eu precisava ouvir a minha voz... mas tenho certeza que exagerei, as pessoas olharam para mim com um susto... e eu ria sem graça diminui um pouquinho a voz e perguntei. Será que ele vai demorar muito, ta frio né... fomos embora comigo cantando no mesmo refrão porque eu simplesmente não me lembrava do resto... desci agradecendo ai meu deus cheguei, cheguei... E que alívio. Na minha casa tudo era seguro, dormindo era mais ainda.

Bom... isso é só um pedacinho de nada das histórias de síndrome de pânico. Depois eu falo sobre o auto-controle e as recaídas, e como podemos ajudar o outro

Um grande beijo!!!!
Danielle Georg

terça-feira, 4 de maio de 2010

AMANTES




O Sol já vai nascer
Com todo seu esplendor
Você lentamente está acordando
Passei a noite velando o sono teu
Te olhando e acarinhando
Até a Lua com ciúmes
Atrás das nuvens se escondeu
Na madrugada fria
Para muitos sempre vazia
Nós nos procuramos e nos encontramos
No calor da nossa paixão
Em momentos únicos nos amamos
Momentos que só nós compartilhamos
Como uma gota de orvalho
Que na noite acaricia a flor
Teus beijos e caricias
São a recompensa do meu amor.
Mas tão certo como o amanhecer
É chegada a hora
Não é possível adiar
O dia já clareou
Devemos nos separar
Seguindo nossos próprios destinos
Mesmo não querendo
Temos de aceitar, pois sabemos
Que são tantos os motivos
Que nos impedem de livremente amar.
Até outra hora, outra noite
Em que iremos nos encontrar
Nos amaremos intensamente
Provocando ciúmes na Lua
Até o Sol raiar.

Meu segredo



Hoje
Abri aquela caixinha onde guardo nossos segredos.
Fazia tempo que não a visitava...
Por puro medo.
Encontrei lá dentro, restos de nós dois.
Relí suas cartas, aquelas que falavam do seu amor,
Onde você descrevia a sua paixão por mim,
E incendiei por dentro por um momento.
Depois encontrei aquele guardanapo
Que num bar certa vez você
Desenhou um coração
E então...
O coração que bate dentro do meu peito,
Bateu insatisfeito.
Remexi ainda mais na caixinha e achei uma flor.
Aquela rosa
Que você me deu no dia que me disse pela primeira vez,
"Eu te amo"

E descobri que ela secou... Por pura falta de amor.
Depois bem lá no fundo encontrei perdido,
Aquele coração partido que andava pendurado no meu pescoço,
Pensei então na outra metade.
Onde andaria?
Será que ela ainda existia?
Achei também um bilhetinho amassadinho
Que dizia que a vida era ruim sem mim,
Que nada valia a pena no dia em que você não me via,
Aí lembrei do seu sorriso quando você me encontrava.

Eu lhe amava!
Revirei-a mais um pouco
E cheia de desgosto achei então aquela oração
Que você fez pra mim naquele nosso momento ruim
E chorei baixinho de tanta dor.
Também achei um bilhetinho pedindo perdão
Por um momento de tensão.
E lembrei que
Lhe dei esse perdão com a maior emoção.
Em seguida achei um papel dobradinho
Com aquela poesia que você fez pra mim
No dia seguinte que nos amamos pela primeira vez.
Aí delirei de prazer por você.
Também estava lá a letra daquela música
Que quando ouvimos um certo dia
Você me disse então que seria a nossa canção.
E eu a cantarolei baixinho por um breve minutinho.



E aí...
Depois de já estar com o rosto inchado de tanto chorar,
Com o coração estraçalhado
Achei aquele e-mail que você me mandou
Falando do fim do nosso amor.
Que tinha acabado.
Que estava tudo terminado.
Poucas linhas... Rápidas palavras.
Como se a nossa história tivesse sido transitória.
Ardí de dor.
Me enterrei na saudade.
Depois tranquei a caixinha e partí pra minha realidade,
Fingindo a todos não viver na agonia.
Mas na verdade, o que eu queria
Era morar dentro daquela caixinha,
Junto com o meu coração que já vive lá.

Afinal
Desde que você me deixou,
Foi o único lugar que ele encontrou pra
Continuar a pulsar.

Esqueça


Esqueça tudo
Meus olhos, meu corpo, meu olhar e meu desejo.
Esqueça também
O meu beijo, os meus carinhos e siga sozinho(a).
Esqueça das minhas palavras,
Dos meus gestos, da cor dos meus cabelos...
Dos meus atropelos.
Esqueça que me quis
Que me cobriu de calor, que te dei emoção e
Te tirei da razão.
Esqueça das minhas mãos sobre o teu corpo absorto.
Dos meus braços que te envolveram,
Te sufocaram e te enterneceram.
Esqueça da nossa canção,
Daquela nossa emoção, daqueles dias tão bonitos
Que tive contigo.
Esqueça de como te encantei e
De como eu me doei a ti sem sentir.
Esqueça das minhas palavras,
Das minhas histórias, das horas de carinho
Que você me dedicou mesmo sem amor.
Esqueça de tudo que eu te disse,
Tudo que eu te escrevi, pense que eu menti.
Acredite que não era nada verdade,
Será mais fácil pensar que foi falsidade.
Procure um outro alguém,
Não importa quem, mas esqueça que eu existi.
Também vou deixar de pensar em ti.
Lá adiante se tu lembrares de mim
Finja que não está sendo assim,
Que não está acontecendo,
Que é tudo uma ilusão sem a menor emoção.
Me esqueça,
Desapareça, tome um rumo, um destino,
Outro caminho,
Me deixe continuar sozinha ainda que em ruínas.
Me esqueça de verdade,
Tranque teu coração pra que eu não tente voltar.
Tranque sua alma
Para que eu não possa de novo penetrar.
Feche teus olhos pra não me ver,
Fecharei os meus pra te esquecer.
Não diga nem mais uma palavra pra mim
Há de ser bem melhor assim.


Silvana Duboc